Neste mês de maio, pais e responsáveis por evangelizandos e evangelizadores do Lar de Maria tiveram oportunidade, em evento online, de trocar ideias com a educadora e escritora espírita Lucia Moysés, precisamente no dia 15. O encontro serviu para revitalizar a relação entre cidadãos e cidadãs que atuam diretamente na formação moral de crianças e jovens nos lares e nas reuniões a distância da Evangelização Infantojuvenil da Casa. “A evangelização ocorre mesmo no ato de evangelizar, ou seja, não se trata de falatório para as pessoas, mas se verificar e avaliar se os conteúdos compartilhados, fundamentados na Doutrina Espírita, foram, de fato, assimilados pela criança, jovem, famíllia, se houve uma transformação prática”, destacou a palestrante, entre a muitas contribuições repassadas na ocasião.
Lucia pontuou que a missão dos pais e reponsáveis por educar os filhos começa cedo e deve ser realizada com amorosidade e firmeza. Ela lembrou a passagem em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” quando os espíritos respondem a Allan Kardec que os pais recebem como filhos espíritos em jornada evolutiva e , então, devem zelar pela educaçao e formação moral desses seres durante a atual encarnação. E uma tarefa central nesse processo, externada na mesma obra espírita, é a incumbência dos pais de aproximarem os filhos de Deus.
Em mensagem no livro “Sublime Sementeira”, organizada por Miriam Dusi, Bezerra de Menezes ressalta que em paralelo ao ensino convencional os pais não podem prescindir da formação moral de seus rebentos, dado que a educação sob o prisma espírita compreende o trabalho de estruturar o caráter da pessoa (espírito) para a prática do bem. Daí, a necessidade de uma educação participativa.
Para tanto, a Evangelização nos centros espíritas dispõem de estratégias envolvendo dinâmicas e eventos variados, como tarde esportiva, teatro, atividades com desenho e pintura e festas juninas para reunir pais e fihos de forma presencial ou online.
Essência
A participação das crianças nessas atividades, fundamentadas nos esinamentos de Jesus à luz da Doutrina Espírita, deve ocorrer o mais breve possível, e não os pais ficarem por decidir qual o momento mais propício para a atividades. Lucia exemplificou essa necessidade, relatando caso de uma menina que tinha uma deficiência, e basicamente por esse motivo, não era levada pela mãe para a Evangelização no centro. A menina, momentos depois, desencarnou e se manifestou à mãe expressando que gostaria muito de ter participado dessas atividades no centro espírita.
“É preciso trabalhar as emoções; devemos como evangelizadores ouvir os pais, deixar que eles nos digam como são e agem os filhos, como podemos ajudar a família a partir dos ensinamentos de Jesus”, observou Lucia. Dessa forma, a Casa espírita deve funcionar como um espaço para se trabalhar os aspectos emocional e moral das crianças e dos jovens. Outro aspecto que merece ser trabalhado pelas famílias em consonância com o centro espírita é a conscientização ambiental, por meio de atividades reunindo pais e filhos como, por exemplo, no uso de material reciclado. Trabalhar a autoestima da criança foi também reiterado pela escritora.
Lucia Moyses alertou que nos dias de hoje ocorre uma demanda expressiva nas casas espíritas de casos de crianças com transtorno do espectro autista, déficit de atenção e hiperatividade. Esses espíritos também necessitam ser evangelizados, e os centros necessitam atendê-los da melhor maneira possível. Ao final do encontro no Lar de Maria, Lucia externou seu contentamento com a oportunidade de trocar experiências sobre temas relacionados à evangelização com uma plateia no Pará.

Um encontro de gente que preza pela Evangelização Infantojuvenil
Lucia Moysés: “É preciso trabalhar as emoções”